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Neste painel, os especialistas discutiram como as mudanças relacionadas à tecnologias e processos, causadas pela pandemia da COVID-19, transformam, atualmente, o atendimento e como elas impactarão o futuro da Medicina. 

O Dr. Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico, diretor médico-científico do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas, falou sobre a necessidade de aceleração que a pandemia gerou e ressaltou que aceleração não significa perda de qualidade nem abandono dos critérios técnicos. 

“Espera-se um ganho de eficiência para o desenvolvimento no futuro. Um ponto fundamental é que para nós, oncologistas, que lidamos com situações complexas com os pacientes oncológicos, o âmbito da pandemia trouxe mudanças,  para melhor, na forma que a gente se comunica com esses pacientes. Tenho a sensação que nos tornamos mais eficientes”, ele pontuou. 

A Dra. Silvana Maria Aquino da Silva, mestre em Sexologia e psicóloga clínica com atuação em Psico-Oncologia e Cuidados Paliativos, falou sobre o impacto que o câncer tem no psicológico do paciente, a importância dessa pessoa ser acompanhada por um especialista da área desde o momento do diagnóstico e como esse acompanhamento tem acontecido durante a pandemia. 

“O manejo se faz necessário desde o diagnóstico do câncer e, agora, precisamos acrescentar o manejo por conta do impacto da pandemia. A partir de evidências e por meio das consultas, podemos identificar um aumento de ansiedade e um impacto muito significativo nos pacientes. Com a redução da mobilidade devido ao confinamento, houve também uma modificação do acompanhamento, com aumento do monitoramento adaptado, mas mantivemos as consultas a qualquer custo”, ela disse.

Dr. Luiz Antonio Santini, pesquisador do Centro de Estudos Estratégicos – CEE/Fiocruz, ressaltou os problemas que o Brasil já enfrenta na área da Saúde e expôs como eles foram exaltados devido à pandemia.

“No caso do Brasil, trazendo um peso maior das dificuldades já existentes, nós já sofremos um déficit de atendimento qualitativo e quantitativo. Agora, enfrentamos um desafio ainda maior por conta da pandemia. Estamos vivendo o que chamamos de uma tempestade perfeita, a pandemia atingiu o país no momento de maior crise do sistema de saúde brasileiro”, ele salientou. 

O painel foi moderado pelo Dr. Alfredo Monteiro Scaff, epidemiologista e consultor médico na Fundação do Câncer. Ele acrescentou dizendo que a pandemia trouxe uma camada a mais de complexidade para a Saúde, mas que, mesmo assim, há avanços. 

“As perguntas não são mais ‘a gente pode tomar vacina?’. Agora, elas são ‘Onde a gente toma?’ ‘Como faz para tomar mais rápido?’ e isso é um avanço de conhecimento que tivemos. ”

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