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Imagem De Um Paciente Oncológico Sendo Vacinado Por Um Profissional Da Saúde, Em Representação Aos Pacientes Com Câncer Que Já Podem Ser Vacinados Contra O COVID-19

Pacientes com câncer podem se vacinar contra a COVID-19

Confira quem já pode receber o imunizante contra o novo coronavírus

Segundo as recomendações da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), os pacientes oncológicos devem ser vacinados, uma vez que foram classificados como grupo de risco para complicações da COVID-19. Diversos estudos mostraram maior gravidade da infecção por Sars-CoV-2 em pacientes oncológicos, com mortalidade variando de 6 a 61%. O intuito da vacinação é diminuir as chances dos pacientes se infectarem com o novo coronavírus e reduzir o risco de morte após a infecção.

De acordo com um estudo realizado pelo Grupo Oncoclínicas, publicado no periódico científico da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, o risco de morte decorrente do Sars-CoV-2, em pacientes oncológicos, representa  16,7%, número acima da taxa global (2,4%). 

Quais pacientes oncológicos podem se vacinar?

De acordo com o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 do Ministério da Saúde (6ª Edição), podem se vacinar pessoas com comorbidades entre 18 a 59 anos, com uma ou mais das comorbidades pré-determinadas. 

Este grupo inclui Indivíduos imunossuprimidos que fizeram transplante de órgão sólido ou medula óssea, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos 6 meses e todos os pacientes com algum tipo de câncer no sangue (neoplasias hematológicas).

O que eu preciso levar para a vacinação? – Documentação Necessária

Indivíduos pertencentes aos grupos listados anteriormente poderão realizar o pré-cadastrado no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI). Aqueles que não tiverem sido pré-cadastrados, poderão apresentar qualquer comprovante que demonstre pertencer a um destes grupos de risco. O Ministério da Saúde cita como exemplo: exames, receitas, relatório médico, prescrição médica, ou qualquer outro documento que indique a patologia do indivíduo. Ressalta-se que não há exigência de ser um documento assinado pelo médico

Adicionalmente, poderão ser utilizados os cadastros já existentes dentro das Unidades Básicas de Saúde. Entretanto, os estados e municípios têm autonomia para estabelecer outros critérios. Sendo assim, é importante que o paciente verifique as exigências e recomendações no posto de vacinação mais próximo da sua residência. Fique atento e não se esqueça de levar seu documento de identidade!

Cuidados e recomendações aos pacientes

Antes de tomar a vacina, ressaltamos a importância de consultar seu médico oncologista ou hematologista para tirar todas as dúvidas sobre a vacinação. Neste momento, você precisa estar por dentro do seu tratamento! A conversa com o médico é muito importante para pacientes que estiverem recebendo tratamentos que inibem ou reduzem a capacidade do sistema imunológico. Talvez seja necessário fazer uma avaliação médica antes de tomar a vacina.

Se você está sentindo febre, enjoos, dores musculares ou esteja com medo e dúvidas, reforçamos a necessidade da consulta com seu médico para encontrar o melhor momento para se vacinar.

Essa conquista é de todos nós!

No final do mês de março, o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC), em colaboração com redes de organizações da sociedade civil, enviou uma Carta Aberta aos principais stakeholders relacionados à saúde no Brasil, contendo recomendações emergenciais para o enfrentamento da COVID-19. No documento, propusemos a criação de um Grupo de Trabalho com Especialistas no tema (pandemia da COVID-19).  O objetivo era assessorar de perto o plano de medidas do Ministério da Saúde e o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da COVID-19, formado há um ano por meio do Decreto nº 10.277, de 16 de março de 2020. Assinaram o documento 217 entidades. 

Enviamos ao Presidente da República, ao Ministro da Saúde, ao Senado Federal, à Câmara dos Deputados, ao Ministério Público Federal e à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Como resultado desta ação, o TJCC articulou uma reunião com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e co-proponentes da Carta Aberta para discutir recomendações emergenciais ao Brasil. Confira aqui a notícia na íntegra. Na reunião, a OPAS se prontificou em apoiar as articulações do Movimento com o Ministério da Saúde.

Entre as 9 recomendações contidas na Carta Aberta, demandou-se a inclusão dos pacientes oncológicos nos grupos prioritários para a vacinação, entretanto o Ministério da Saúde até o momento não considerou o câncer em si como uma comorbidade. 

A Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, respondeu à Carta Aberta com um ofício contendo informações sobre o Programa Nacional de Imunizações. Alegaram que a compra de vacinas contra o SARS-CoV-2 tem sido uma prioridade no âmbito das ações governamentais. Por fim, nos encaminharam o quadro do grupo das comorbidades incluídas como prioritárias para a vacinação contra a COVID-19. Veja o ofício na íntegra aqui

Na Câmara dos Deputados, a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) instituiu um grupo de trabalho para discutir os desafios da oncologia no Brasil, o qual foi proposto pelo Dr. Frederico Escaleira (Patriota-MG). O grupo trabalhará nos seguintes eixos: prevenção; diagnóstico; tratamento; desafios durante e pós Covid-19 (capacidade de assistência à demanda reprimida em oncologia; terapias avançadas em oncologia – desafios para incorporação; modelos inovadores de acesso; aspectos sociais dos pacientes oncológicos e modelos de financiamento em oncologia). Ademais, foi instalada também, pela CSSF, outro grupo de trabalho, intitulado: “Organização Federativa no Combate à Pandemia”, com o objetivo de acompanhar e apoiar a vacinação contra a COVID-19 em todo o país. 

Embora as recomendações da Carta Aberta ainda estejam em andamento, o Movimento TJCC reitera seu compromisso com os pacientes oncológicos. Seguiremos articulando com os órgãos competentes para que nenhum indivíduo seja deixado de lado na vacinação contra o COVID-19. 

 

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