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Maio: Mês de Conscientização do Câncer de Ovário

Silencioso, mais de 4 mil mulheres perderam suas vidas para o câncer de ovário no Brasil, em 2019.

Em meio às celebrações do dia das mães, o mês de maio também dá espaço para a conscientização de uma das neoplasias ginecológicas mais silenciosas, o Câncer de Ovário. A doença não apresenta sintomas específicos na sua fase inicial, o que corrobora para que 75% das mulheres sejam diagnosticadas já em um estágio mais avançado.

O cenário nacional para o câncer de ovário tende a se agravar no triênio 2020-2022. Segundo o INCA, estima-se que 6.650 mulheres apresentem novos casos do tumor ovariano, um risco estimado de 6,18 casos novos a cada 100 mil mulheres.

Mas existem formas de diminuir os fatores de risco do Câncer de Ovário e melhorar a atenção à saúde da mulher no Brasil. Por isso, o Movimento Todos Juntos Contra o Câncer se une às demais organizações sociais, em apoio à Campanha de Conscientização do Câncer de Ovário, para que as mulheres conheçam a doença e aumentem sua qualidade de vida.

Conheça o seu corpo e sua história 

Pesquisas mostram que os casos de câncer de ovário incidem principalmente  em mulheres a partir dos 50 anos. Mas não é preciso esperar alcançar tal idade para conhecer sobre a doença. O cuidado pode começar agora!  

Para Anne Carrari, paciente de câncer de ovário, quando se trata dos sintomas e possíveis sinais da doença, informação é poder!

Muitas vezes as mulheres chegam com sintomas persistentes, como inchaço abdominal a mais de 3 semanas por exemplo, como foi no meu caso, e os ginecologistas não desconfiam que pode ser algo sério como um câncer.

Sintomas do Câncer de Ovário 

Além do inchaço abdominal, o câncer de ovário apresenta outros sintomas que merecem atenção como: pressões, dores ou inchaços na pelve, costas ou pernas; náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia e cansaço constante. 

Voluntária do Instituto Oncoguia, Anne também alerta para um acompanhamento mais cuidadoso com os pacientes que apresentam histórico familiar de câncer, a partir do ultrassom transvaginal e o marcador tumoral CA125. Além da necessidade de melhorar o acesso aos testes genéticos que podem mudar a trajetória do tratamento dos pacientes. 

“Eu acabei sendo diagnosticada num pronto atendimento, já passando muito mal.  Nenhum dos 3  ginecologistas que me atenderam antes disso, pediu qualquer exame para investigar o motivo do inchaço. Sabemos que não existe como fazer um rastreamento para os fatores e sintomas do câncer de ovário. Mas existem sinais que os ginecologistas deveriam ficar atentos, até para informar as mulheres.”, complementou Anne.

O médico oncologista e fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Ferndando Maluf, explica na página oficial da organização: “Apesar de ser o tumor ginecológico mais complicado, ainda não existe um exame preventivo para diagnóstico precoce da doença, como ocorre com o Papanicolaou para o câncer de colo de útero”.

Ter ciência dos fatores de risco, manter o peso corporal saudável e consultar regularmente o ginecologista,  são apontados pelo INCA como formas de prevenir o câncer de ovário.  Mas muito ainda pode ser feito para que o câncer seja combatido. Os desafios são diversos e a atenção a esse tipo de neoplasia precisa ser melhorada.

Atuação do Movimento TJCC e organizações membro

O Movimento Todos Juntos Contra o Câncer entende que o diagnóstico tardio é uma das principais barreiras enfrentadas pelos pacientes com câncer no acesso ao tratamento. Com o aumento da estimativa de casos de câncer de ovário para os próximos anos, é preciso enfrentar a doença com agilidade e eficiência.

A Associação de Combate ao Câncer de Ovário – ACCO é uma das organizações sociais parceiras do Movimento TJCC  da frente de trabalho da Saúde da Mulher. Para o presidente da ACCO, Fernando de Lima, o câncer de ovário precisa ser uma prioridade na agenda pública da pasta da saúde.

“Precisamos muito virar esse jogo. Diminuir os diagnósticos tardios. Facilitar o acesso à consulta com médicos especialistas. Alertar sobre a gravidade da doença. E evidentemente, oferecer tratamento adequado, multidisciplinar em tempo hábil.” 

Fernando também alerta para a existências de novas drogas e testes que colaboram para o tratamento do câncer de ovário. “De alguma forma isso precisa ser disponibilizado. São direitos que temos que literalmente lutar para obter. Só assim esse cenário pode mudar.”

Por isso, o Movimento TJCC vem trabalhando na articulação da regulamentação de legislações importantes para a melhora da atenção à saúde da mulher com câncer no Brasil. Entre eles, destaca-se a mobilização para aprovação do Projeto de Lei nº 1605/2019, que cria o Estatuto da Pessoa com Câncer. 

Se aprovado, o estatuto contemplará o diagnóstico precoce, tratamentos adequados e o combate à desinformação. Além da capacitação de profissionais e a ampliação da rede de atendimento para os pacientes oncológicos. 

 

Fontes

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-ovario

https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/05/1050061/estimativa-2020-incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf

http://www.oncoguia.org.br/cancer-home/cancer-de-ovario/28/144/

 

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