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TJCC apoia Campanha do Dia Mundial do Câncer 2023!

O Dia Mundial do Câncer, celebrado anualmente em 4 de fevereiro, marca o segundo ano da campanha ‘Fechar a lacuna de cuidados’, centrada na questão da equidade e liderada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC).

Em 2022, a campanha visou compreender as inequidades no tratamento do câncer em todo o mundo e seu impacto na saúde pública. Este ano, o lema é “Unir Vozes”, ao lado de organizações, defensores e formuladores de políticas públicas para reivindicar mudanças e agir.

Em celebração à data, o movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) participou do “Dia Mundial do Câncer 2023 – Unindo nossas vozes pelo controle do câncer”. Um evento promovido pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), no dia 02 de fevereiro. O objetivo foi de dialogar ações colaborativas para a oncologia com representantes do Governo, OPAS e organizações da sociedade civil.

Unindo Vozes

Na abertura do evento, Dra. Liz Almeida, Chefe da Coordenação de Prevenção Vigilância do INCA, ressaltou o papel do Instituto como membro da UICC e defendeu ser primordial a união dos diversos atores envolvidos no cuidado ao câncer.

Esse ano nós avançamos no sentido de buscar todos os nossos parceiros, principalmente do terceiro setor, sociedades científicas e sociedade civil para se juntar, pensar, dialogar e agir nas causas mais importantes que possam reduzir as desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento para o controle do câncer.”

Marianna Cancela, pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA (Conprev), apresentou os dados da “Projeção de Mortalidade Prematura por Câncer até 2030”, publicado em janeiro na Frontiers in Oncology. A realização do estudo foi motivada pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável nº 3 “Saúde e bem estar”. São esperados 355 mil óbitos entre mulheres e 251 mil entre homens até 2026, na faixa etária dos 30 a 69 anos.

Cancela ressaltou que os principais desafios para as ações de redução de mortalidade por câncer são: o longo período de latência e as desigualdades regionais. A pesquisadora também reconhece como essencial priorizar as políticas sociais e planejar a prevenção primária, detecção precoce e tratamento de acordo com as disparidades regionais. 

Larissa Veríssimo, Consultora Nacional de Doenças Crônicas Não-Transmissíveis da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), tratou sobre a centralidade dos determinantes sociais da saúde para o acesso aos serviços e desfecho dos casos. Relembrou os compromissos globais e as principais intervenções necessárias para o enfrentamento do câncer, com um enfoque especial na “Estratégia Global  para Eliminação do Câncer do Colo do Útero Como Problema de Saúde Pública”, da OPAS.

Dra. Catherine Moura, conselheira estratégica do TJCC e CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), destacou as lacunas observadas em relação à falta de acesso à informação, a partir da experiência da Abrale com os pacientes oncológicos.

Percebemos que eles não entendiam quais os canais adequados para buscar informação e nem os materiais que existiam. Ou seja, tem uma distância entre o conteúdo técnico, os formatos e a capacidade de compreensão.” 

Moura destacou, que das pesquisas de jornada realizadas pela Abrale com pacientes onco-hematológicos, há um longo período entre os primeiros sinais e sintomas e a busca ativa do paciente por assistência médica. A média de tempo é de três a cinco meses, seja um usuário do sistema público ou privado. 

Também lembrou da importância de projetos que visem a comunicação em saúde para a população, que sejam acessíveis e atendam as múltiplas realidades socioeconômicas, como a iniciativa da TV Abrale e o cordel do Estatuto da Pessoa com Câncer. Este último, é um material de autoria da médica hematologista Dra. Paola Torres, presidente do Instituto Roda da Vida e membro do TJCC, que narra de forma simplificada os direitos garantidos com a nova lei, gerando aproximação com a linguagem e cultura das regiões Norte e Nordeste do Brasil. 

Imagens do vídeo do Estatuto da Pessoa com Câncer em cordel, veiculado no encerramento do 4º Fórum Todos Juntos Contra o Câncer Norte e Nordeste, no Pará.

Luciana Holtz, Presidente do Instituto Oncoguia e também membro do TJCC, mencionou que a população brasileira teme ao câncer e correlaciona a patologia a palavras negativas como morte, segundo pesquisa Datafolha feita em 2022. Destacou como fundamental a priorização da atenção oncológica pelo governo, além da importância de parcerias estratégicas como a do INCA e o Sesc, que foi representado no evento por Marcus Bezerra, gerente de Saúde do Sesc Rio de Janeiro.

Próximos passos

Como encaminhamento do evento, Dra. Liz Almeida, propôs a realização em 2023 de uma oficina para compartilhar instrumentos e exemplos de linguagem utilizadas pelas entidades envolvidas na luta contra o câncer. O objetivo seria de aperfeiçoar o acesso à informação, sobretudo de sinais e sintomas, considerando as especificidades populacionais e desigualdades. Larissa, da OPAS Brasil, enalteceu a importância de se aproveitar as experiências internacionais exitosas e de focar na capacitação dos profissionais da saúde para que a comunicação efetiva faça parte do cuidado dos pacientes. 

Confira a discussão completa – AQUI

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