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Informação salva vidas – caminhos para as campanhas em Saúde

Organizador: Abrale

Diariamente, as pessoas recebem uma enorme quantidade de informações, vindas de diversas fontes. Isso faz com que informações importantes possam não ser visualizadas, enquanto as fake news são amplamente divulgadas. Esse é só um dos desafios quando o assunto é câncer. Por isso, é fundamental traçar estratégias de Comunicação para garantir que a população receba conteúdos verídicos e confiáveis tanto para promover a prevenção da doença, quanto para orientar aqueles que estão em tratamento.

Marise Mentzingen, Chefe do Serviço de Comunicação Social do Instituto Nacional de Câncer (INCA), comentou que para conseguir disseminar informações de qualidade para o grande público, uma das técnicas utilizadas pelo INCA é contar com uma linguagem direta e objetiva.

“A pessoa tem que olhar e falar ‘que interessante, que legal, vou passar isso para alguém da minha família’.”

Marise também falou a respeito da importância de aproveitar momentos em que o assunto Oncologia está em alta. Por exemplo, quando uma celebridade divulga que recebeu o diagnóstico. 

“A gente vê que aumenta a pesquisa por aquele tipo de câncer, então é importante quando o famoso divulga, porque aumenta o interesse da população sobre o tema.” 

Outra estratégia importante, que é utilizada na Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), é a inclusão de fotos de pacientes reais para registrar os materiais desenvolvidos. 

“A gente tem vários materiais, materiais impressos, que são distribuídos pelos representantes nos ambulatórios, TV Abrale, podcast, matéria na Revista Abrale e estamos presente em todas as redes sociais”, apresentou Catarina Rodrigues Pinto, publicitária, que atua no terceiro setor em saúde há seis anos e é Coordenadora de Marketing da Abrale.

Catarina contou que os pacientes querem e gostam de se ver nessas comunicações, porque se identificam e isso melhora muito o engajamento e interesse por aquela comunicação.

“Fazemos, frequentemente, ensaios com os pacientes cadastrados na Abrale. Em todos os materiais, os pacientes estão sempre lá. Se eu sou paciente e eu recebo um material com outro paciente, isso gera uma identificação com o público.”

Retomando a questão da Comunicação certa, na hora certa e pelos canais adequados, Danielle Oliveira, publicitária pós-graduada em Marketing de Serviço e Gerente de Marketing e Comunicação do A.C.Camargo Cancer Center, detalhou a campanha que o hospital desenvolveu durante a pandemia. 

“A mensagem principal era ‘fique em casa’, por motivos obvios, e isso teve um impacto no paciente oncológico. Na verdade, a mensagem deveria ser: ‘fique em casa, se você não tiver câncer’. Por isso, a gente começou a falar do Atendimento Oncológico Protegido.”

Além de conteúdos desenvolvidos para as redes sociais, Danielle disse que a assessoria de imprensa foi fundamental nesse momento. 

“No começo foi bem difícil emplacar os assuntos que estávamos querendo, mas, conforme a gente foi tendo números sobre isso, a imprensa se interessou e nós conseguimos falar sobre os sinais, sintomas e importância da continuidade do tratamento contra o câncer.”

Por outro lado, as agências de publicidade também têm uma grande importância na conscientização da população. 

Denise Caruso, publicitária que já atuou em agências relevantes, como a Futura e MPM Lintas e está desde 1997 Ogilvy Brasil, na qual, atualmente é Chief Client Officer, relembrou de duas grandes campanhas relacionadas à causa do câncer que a Ogilvy Brasil já desenvolveu.

A primeira, foi a Carequinhas. 

“Nós sabemos que a luta contra a doença não é o único desafio que as crianças enfrentam. Elas enfrentam comentários de alunos na escola e amigos, então fortalecer a auto-estima dessas crianças em tratamento é fundamental. Por isso, convidamos personagens infantis famosos, como a Turma da Mônica, que rasparam o cabelo, ficaram carecas para poder espalhar a mensagem que uma criança com câncer precisa ser tratada como qualquer outra”, Denise lembrou.

Já a segunda foi a campanha Câncer de Mama no Alvo da Moda.

“O nosso desafio era relembrar o que realmente estava por trás de cada camiseta, provocando e engajando as pessoas. Chamamos as celebridades para fazer uma sessão de fotos e, durante essa sessão de fotos, a fotógrafa revelava que era paciente de câncer de mama e, então, elas conversavam sobre o que um isso significava para as mulheres. Com a campanha a gente conseguiu resgatar a importância que as pessoas dão para o câncer de mama.”

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