Skip to content

Conversas importantes – A importância do diálogo médico-paciente

Organizador: Abbvie

Caio Ribeiro, comentarista esportivo e ex-futebolista brasileiro, que atuava como atacante, contou que uma das partes mais importantes do seu tratamento contra o linfoma de Hodgkin foi encontrar um médico que estivesse alinhado com a forma que ele enxerga a vida. Ele também falou que conseguir lidar com os medos e sensações que o diagnóstico do câncer causaram foi fundamental e que confiar no médico que o acompanhou, o Dr. Otávio Baiocchi, ajudou nessas questões. 

“Eu não tinha nada de diferente, não tinha dor, febre ou indisposição, minha vida seguia normalmente. Eu faço fisioterapia preventiva para continuar jogando bola com os meus amigos. Um dia, o fisioterapeuta achou que eu estava mais tenso que o normal, pediu para eu virar de costas e, nisso, ele sentiu um caroço e indicou para eu conversar com meu pai, que é médico. Obviamente, eu saí dali e não falei com meu pai. Na semana seguinte, eu voltei, ele falou de novo e eu percebi que era algo importante”, Caio relembrou.

Ele contou que, depois de fazer os exames e saber da suspeita de câncer, saiu em busca de um médico que atendesse às suas expectativas e ministrasse o tipo de tratamento que ele queria. Três pessoas próximas indicaram que ele procurasse o Dr. Otávio Baiocchi, professor adjunto em Oncologia na UNIFESP, com doutorado e pós-doutorado em linfomas, e que também atua como pesquisador e orientador do Programa de pós-graduação do Departamento de Oncologia Clínica da UNIFESP com foco em linfomas.

O fator que fez com que ele escolhesse o Dr. Baiocchi como seu médico foi a forma como ele e a equipe dele conduziram o lado humano das consultas e da proposta de tratamento.

“A primeira pergunta que eu fiz foi ‘eu vou morrer?’ e a segunda foi ‘eu vou ficar careca?’. Não pela questão da estética, é porque eu odeio preocupar as pessoas, eu tenho dois filhos, e quanto mais eu pudesse esconder deles a doença, melhor. Eu não queria trazer essa preocupação para o meu filho”, ele disse.

O Caio ainda falou que o momento mais difícil para ele durante todo o processo foi ter que contar a notícia  do diagnóstico, principalmente para seu filho.

“Depois de dois meses de quimioterapia, o cabelo começou a cair. Eu não tinha contado para ninguém, aí decidi que estava na hora de contar para ele e também tornar público.”

O Dr. Baiocchi ressaltou que a confiança plena é indispensável durante todo o processo. 

“Tratar a doença é mais fácil, tratar o Caio Ribeiro é mais difícil. Tratar as pessoas é mais difícil, o que elas gostam e não gostam. Quando a gente conhece a pessoa, a gente consegue desenhar o melhor tratamento, hoje tem muita opção e tem que planejar o melhor tratamento”, ele pontuou. 

O especialista ainda disse que há uma grande confusão sobre a decisão compartilhada, que é de grande relevância para a relação médico-paciente, mas que ainda há desentendimento a respeito de como ela funciona.

“Não é dizer ‘eu tenho quimioterapia e radioterapia, qual você quer?’. A decisão compartilhada é expor todos os fatos de uma maneira carinhosa, aí você tem que falar quais são as opções, dizer qual a melhor e propor. Eu não tiro que o desejo do paciente é soberano, mas a decisão tem que partir do médico, o paciente precisa de um guia naquele momento e se você jogar dúvidas, é pior.”

Back To Top