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Graac lança cartilha para ajudar pais a identificar sintomas de câncer infantil

Pandemia dificulta diagnóstico precoce porque muitas pessoas deixaram de ir ao médico; Sintomas como manchas roxas pelo corpo, cansaço, febre e dor de cabeça persistentes são alguns dos sintomas.

Caiu 70% o número de novos pacientes com câncer infantil em São Paulo, de acordo com a Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca). Por ano, são diagnosticados cerca de 8.900 novos casos, de acordo com o Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac).

Nesta segunda-feira (23) é o Dia nacional de Combate ao Câncer Infantil. Nesta data, lembramos a importância do diagnóstico e tratamento precoces, que é ainda mais importante este ano porque muita gente deixou de ir ao médico com medo da pandemia.

Para ajudar os pais, o Graacc acaba de lançar uma cartilha online que ajuda as famílias a desconfiarem de sintomas que até parecem parte de doenças conhecidas ou um mal estar comum, mas podem indicar o câncer infantil. É possível acessar a cartilha aqui.

A oncologista pediátrica do Graacc Renata Fittipaldi enumera os sintomas:

“Manchas roxas pelo corpo, cansaço, febre persistente, dor de cabeça que não passa, aumento da barriga, aumento da perna. Principalmente se esses sintomas perduram por mais de uma semana. Então a gente não pode retardar a nossa ida ao médico para procurar a solução do que pode ser isso”, afirma.

Pessoas com câncer são do grupo de risco para Covid-19 e os cuidados são necessários. Mas o presidente da Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer (Tucca), Sidnei Epelman, alerta: a doença não espera e o medo não pode ser motivo para deixar de ir ao médio ou largar o tratamento.

“Lembrar que existe uma gama muito variada de tumores, né, na infância, na adolescência, e que existe… Quanto mais precoce, não é só que a chance de cura também é melhor, como também você pode ser menos agressivo no tratamento e, muitas vezes, a sequelas do tratamento também reflete nisso”, afirma.

De acordo com Sidnei, a população pode procurar ajuda em prontos-socorros, UBSs e hospitais.

“Sem dúvida que, se não necessário, não ir, óbvio. Mas, se existe uma suspeita, se existe uma necessidade, não tem que ficar esperando, não.”

Tratamento de sucesso

Em março do ano passado, a Gabriela Lazarin, de 10 anos, descobriu que teria uma batalha pela frente. Os resultados de um exame de sangue de rotina apontaram leucemia mieloide crônica – um câncer raro que atinge 4% das crianças e adolescentes.

“Eu fiquei muito nervosa, né, nesses primeiros dias. E o meu grande medo era que meu cabelo caísse mesmo, porque eu sou muito vaidosa.”

O cabelo não caiu porque ela faz um tratamento diferente. São três pílulas por dia e o acompanhamento com a equipe do hospital do Graacc. O cenário para a Gabi hoje é animador porque o diagnóstico foi precoce, graças ao hábito da mãe de ir sempre ao médico.

Segundo a coach e mãe da Gabi, Alessandra Lazarin, ela sempre faz exames de rotina e estava tudo bem.

“E, com esse diagnóstico, a gente saiu correndo, vindo para cá, para o Graacc, para entender melhor. Eu não precisei esperar ter um sintoma, mas sim manter uma rotina de exames.”

A Gabriela completou um ano e oito meses de tratamento – os últimos oito, em plena pandemia – com resiliência e coragem de gente de grande. Para ela, os cuidados com a Covid-19 já viraram parte da rotina.

“Você vai conseguir vencer e você ainda vai ter uma vida maravilhosa”, finaliza Gabi.

Fonte: G1

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