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Imagem De Uma Mulher Alongando A Perna Ao Por Do Sol

Estilo de vida mais saudável pode diminuir risco de câncer em pelo menos 40%

Na edição desta sexta-feira (4) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes debateu diferentes aspectos do câncer – em especial a prevenção e o diagnóstico – na data que marca o dia internacional da doença.

A data foi instituída pela União Internacional para o Controle do Câncer, entidade que reúne cientistas, médicos e voluntários que promovem ações para o combate à doença. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada seis mortes no mundo é causada por algum tipo de tumor – com cerca de 10 milhões de vítimas por ano. A OMS indica que no mínimo 40% dos casos poderiam ser evitados se os pacientes evitassem os chamados fatores de risco.

Fernando Gomes definiu o câncer como uma doença caracterizada pela proliferação anormal de uma célula específica, alterando o DNA delas. A mudança acaba atuando como um parasita no corpo humano, drenando energia e destruindo órgãos.

É possível, porém, utilizar uma série de estratégias que resultam na prevenção da doença. Entre elas, estão o não consumo de cigarro e bebidas alcoólicas, a prática de atividades físicas, alimentação saudável, vacinação contra o vírus HPV e regulação do peso corporal para um nível adequado.

‘Prestando atenção nesta pequena prescrição que traz informações importantes para alinharmos o funcionamento do corpo físico, você pode prevenir em pelo menos 40% o surgimento de algum câncer.’

‘Se sabemos que existem fatores de risco que são inerentes ao aparecimento e desenvolvimento do câncer, não tem porque não considerarmos estes dados e trazer para dentro da nossa vida um estilo que possa ser compatível com mais saúde e o fortalecimento do combate natural a essas células que podem aparecer dentro do corpo’, acrescentou.

O neurocirurgião evitou designar uma relação de culpa entre pacientes que ‘maltratam’ o corpo com hábitos não saudáveis e o desenvolvimento da doença, destacando que fatores genéticos, que fogem do controle humano, também podem influenciar no quadro.

A redução de desigualdades também é um ponto importante para a prevenção e melhor tratamento do câncer. Gomes relembrou uma pesquisa que aponta para as diferenças na evolução de tumores entre a população rural e urbana, explicando que pessoas que vivem na cidade costumam ter mais acessos a recursos e centros de tratamento.

O câncer infantil também foi destacado: segundo o médico, a taxa de cura em países desenvolvidos é de 80%, enquanto em países subdesenvolvidos o índice é de apenas 20%.

É importante entendermos que essa diferença de recursos, que pode refletir na diferença social e cultural, pode impactar em saber destes dados que fazem com que a gente possa ter um estilo de vida que nos deixa longe da manifestação do câncer e também participar de campanhas e do diagnóstico precoce e, obviamente, do tratamento adequado o mais rápido possível.’

A realização do diagnóstico precoce, inclusive, figura como um dos fatores-chave na luta contra a doença. Junto da avaliação de uma equipe médica, descobrir o tumor ainda em seu estágio inicial permite estar mais próximo do endereço genético do câncer e definir estratégias e protocolos específicos para cada tipo de célula alterada.

‘É por isso que a tecnologia e o caminhar da medicina têm ajudado muito, e a nossa preocupação, mais do que nunca, é trazer todo estes recursos para todas as pessoas de uma forma igual’, concluiu.

 

Fonte: CNN Brasil

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