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Câncer de cólon causou morte de Roberto Dinamite; saiba sintomas e como prevenir a doença

Recomendada a partir dos 45 anos, a colonoscopia é o principal exame para detectar a existência de pólipos que antecedem a doença

Morto neste domingo, 8, aos 68 anos, o ex-jogador Roberto Dinamite, o maior ídolo da história do Vasco, descobriu o câncer no cólon durante uma internação para tratar uma obstrução no intestino em dezembro de 2021. O ex-atleta iniciou o tratamento em janeiro do ano passado. A mesma doença levou Pelé à morte.

O câncer de cólon é o quarto mais incidente no Brasil (6,5% do total de casos), segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), atrás do de pele não melanoma (31,3%), do de mama feminina (10,5%) e do de próstata (10,2%).

As idades mais comuns de pacientes com esse tipo de câncer variam de 60 a 65 anos, e a incidência é semelhante entre homens e mulheres. A mortalidade da doença, de acordo com o Inca, varia de 8,4% dos casos (em pacientes homens) a 9,6% (em mulheres).

O câncer colorretal abrange tumores que atingem um segmento do intestino grosso (o cólon) e o reto. Tem tratamento, na maioria dos casos, e é curável quando detectado precocemente e ainda não atingiu outros órgãos.

Sintomas mais comuns

Os sintomas mais comuns são sangramento detectado nas fezes, alteração no tamanho das fezes (muito finas, por exemplo), mudanças na frequência de ir ao banheiro e constipação. Os sinais podem incluir também dores abdominais, redução de peso e até vômitos, em casos mais agravados.

Grande parte dos tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Para prevenir o aparecimento de tumores, uma estratégia é remover os pólipos antes que eles se tornem malignos.

A colonoscopia, quando um cateter com microcâmera é inserido no ânus para analisar as paredes internas do intestino, é o principal exame para detectar a existência de pólipos.

Tecidos suspeitos, como pólipos, podem ser retirados para uma biópsia posterior, que determinará se é câncer ou tumor benigno. Se o exame confirma a existência de câncer colorretal, outros procedimentos são necessários para ver se a doença ainda está em fase inicial ou se já tem metástase.

De acordo com os médicos, o exame que analisa o intestino grosso deve ser feito a partir dos 45 anos de idade, mesmo quando não houver sintomas. Antigamente, a recomendação era de que se começasse aos 50, mas foi antecipada por causa dos hábitos de vida e o aumento dos riscos de desenvolver a doença.

Após a primeira colonoscopia, se os resultados estiverem normais, o exame deve ser repetido em 3 ou 5 anos, a depender da avaliação médica. Pessoas mais jovens com histórico de câncer colorretal na família devem procurar um médico para que ele avalie a necessidade e frequência do rastreio. Em caso de sintomas, como alteração nas fezes e sangramentos, a recomendação também é buscar ajuda médica.

O câncer colorretal tem origem multifatorial. Em geral, hábitos alimentares também podem influenciar negativamente, como dietas com alta ingestão de carne vermelha, alimentos ultraprocessados, industrializados (como presunto, salame, embutidos e enlatados) e pobres em frutas, vegetais e fibras. Obesidade, tabagismo e alcoolismo são considerados outros fatores de risco.

 

Fonte: Estadão Online

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