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Entrevista – Como fica o tratamento oncológico durante a COVID-19?

O Movimento Todos Juntos Contra entrevistou o Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. José Henrique Germann

A pandemia por conta do coronavírus vem mudando e muito o setor de saúde. Os tratamentos oncológicos sofreram alterações importantes, como o adiamento e até mesmo o cancelamento de consultas e exames. E claro, isso gerou preocupação para os pacientes.

A idealizadora do Movimento TJCC, Merula Steagall, entrou em contato com o Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Dr. José Henrique Germann para conversar a respeito do cuidado oncológico durante a COVID-19. Veja a seguir a entrevista completa:

Merula Steagall (Movimento TJCC) – Quais são as medidas da Secretaria de Saúde para garantir que os pacientes oncológicos continuem com seu tratamento, em segurança, durante a pandemia de COVID-19?

Dr. José Henrique Germann – Houve uma segregação dos hospitais e dos pacientes, como premissa original, de forma a separar os fluxos de pacientes da Oncologia dos demais pacientes, especialmente aqueles vinculados à rede de urgência e emergência e ao sistema de regulação para COVID-19. Isto aconteceu nos seguintes hospitais: Heliópolis, Caism –Centro de Atenção de Saúde da Mulher, Hospital Darcy Vargas e Hospital Guilherme Álvaro.

Merula Steagall (Movimento TJCC) – Quais são as diretrizes da Secretaria de Saúde para orientar os pacientes oncológicos sobre seu tratamento. Por exemplo, quais atendimentos devem continuar e quais deverão ser suspensos?

Dr. José Henrique Germann: Os pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou cirúrgico continuam suas terapêuticas nas unidades às quais estão vinculadas. Os pacientes que estavam sob regime de quimioterapia ambulatorial oral estão recebendo as medicações em casa.

Merula Steagall (Movimento TJCC) – Os centros de tratamento do estado de São Paulo disponibilizarão EPI (máscara, luva) para os pacientes oncológicos, que estejam em tratamento, utilizarem dentro e fora do hospital?

Dr. José Henrique Germann – Os pacientes recebem EPI no ambiente hospitalar e ambulatorial. Em estudo, o fornecimento destes mesmos materiais para uso doméstico.

Merula Steagall (Movimento TJCC) – A Secretaria de Saúde de São Paulo está entregando medicamentos no domicílio de alguns pacientes oncológicos? Você poderia nos contar um pouco mais sobre estas ações.

Dr. José Henrique Germann – A Coordenadoria de Assistência Farmacêutica da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo já possui implantado o sistema de entrega domiciliar de medicamentos há alguns anos, nas Farmácias de Medicamentos Especializados (FME) da Capital, localizadas no AME Maria Zélia e no AME Várzea do Carmo e também na Autarquia Hospitalar – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Atualmente, em função da Pandemia da COVID-19 estamos ampliando a entrega domiciliar nestas unidades, preferencialmente aos usuários em grupo de risco da COVID-19 e também ampliando o Serviço para outras Unidades que só realizavam atendimento presencial:  Vila Mariana, Hospital Mário Covas, AME Geraldo Bourroul, Santos, Bauru, Presidente Prudente, São José do Rio Preto e Sorocaba. Com esta ação, está prevista a ampliação da entrega domiciliar para cerca de 90.000 novos pacientes.

Merula Steagall (Movimento TJCC) – No sistema privado, os pacientes oncológicos agora têm acesso a telemedicina. Como e quando será realizada essa implementação no SUS?

Dr. José Henrique Germann – Está em estudo, dependemos de ferramentas tecnológicas para isso.

 

Fonte: Movimento Todos Juntos Contra o Câncer

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