Skip to content
Imagem De Um Suporte De Madeira Segurando Várias Pílulas Orais

Nova terapia oral para câncer de ovário já está disponível no Brasil

Zejula reduz em até 73% o risco de progressão da doença ou óbito, proporcionando às pacientes maior expectativa e qualidade de vida1,2

 

Rio de Janeiro, agosto de 2021 – Com sintomas silenciosos, o tumor de ovário é o mais letal dos cânceres ginecológicos, e, diferentemente de outros tipos de câncer, não possui um exame específico de rastreamento, fatores que preocupam, já que 75% dos casos ainda são diagnosticados tardiamente3,4. A cirurgia de retirada do tumor e a quimioterapia sempre foram as principais opções de tratamento para este tipo de neoplasia, mas o Zejula (niraparibe) chega como opção transformadora, que muda paradigmas no controle da doença3.

Já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Zejula é uma nova terapia oral de manutenção do tratamento do câncer de ovário e é indicado para pacientes recém-diagnosticadas ou nas quais a doença retornou, que fizeram quimioterapia à base de platina e tiveram resposta completa ou parcial a esta terapia5. Com eficácia e segurança respaldadas por dois importantes estudos clínicos publicados no The New England Journal of Medicine: o PRIMA e o NOVA, em 2019 e 2016, respectivamente, o medicamento traz perspectivas otimistas de manejo do tumor de ovário1,2.

Segundo resultados do PRIMA, estudo realizado em pacientes recém-diagnosticadas com câncer de ovário, o medicamento apontou redução de 38% do risco de progressão da doença ou morte na população geral, e 60% na população com mutação no gene BRCA6; já no NOVA, estudo realizado com pacientes que apresentaram doença recorrente, houve a redução de risco de progressão ou morte de 73% nas pacientes com mutação no gene BRCA, e de 55% nas pacientes sem essa mutação1,2. Ao inibir e bloquear as enzimas PARP, Zejula leva as células cancerígenas à morte, evitando que elas consigam se autorreparar.

Como 85% dos casos em estágio avançado do câncer de ovário apresentam recidiva, este tipo de terapia de manutenção do tratamento traz esperança, na medida em que muda o manejo da condição, permitindo que as mulheres sigam com as suas vidas, voltem a ser ativas, e encarem a enfermidade como uma doença crônica, manejável“, esclarece o oncologista Fernando Maluf, presidente do Instituto Vencer o Câncer (IVOC).

Para a oncologista clínica e diretora médica de Oncologia da GSK, Dra. Vanessa Fabricio, “esse tipo de terapia-alvo é eficaz como manutenção do tratamento de câncer de ovário, pois posterga a recidiva, aumentando a qualidade de vida das pacientes. Além disso, o fato de ser um medicamento de uso oral com dose única diária é outra vantagem, pois evita a necessidade de deslocamento até o hospital, aumentando a adesão ao tratamento“.

Sobre o câncer de ovário

Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), são estimados 6.650 novos casos do câncer de ovário no país, sendo registradas aproximadamente 4 mil mortes somente em 20203. O tumor de ovário é a segunda neoplasia ginecológica mais prevalente entre as brasileiras, fica atrás do colo de útero7. Em sua fase inicial, o tumor de ovário não causa sintomas específicos, o que dificulta o diagnóstico precoce, mas na medida em que ele cresce pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou pernas, náusea, indigestão, prisão de frente ou diarreia e cansaço constante3.

Para detectar a doença são realizados exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos, mas é importante manter as consultas regulares ao ginecologista3. É fundamental que a mulher fique atenta a manifestações inesperadas, e sempre se lembre de relatar ao médico se existem casos de câncer na família.

Entre os fatores de risco para esse tipo de tumor estão a idade, infertilidade, mulheres que não tiveram filhos, menarca precoce, menopausa tardia, histórico familiar, fatores genéticos e excesso de peso3.

 

Referências:

  1. GONZÁLEZ-MARTÍN, A. et al; for the PRIMA/ENGOT-OV26/GOG-3012 Investigators. Niraparib in patients with newly diagnosed advanced ovarian cancer. N Engl J Med. 2019;381(25):2391-2402.
  2. MIRZA, MR. et al; for the ENGOT-OV16/NOVA Investigators. Niraparib maintenance therapy in platinum-sensitive, recurrent ovarian cancer. N Engl J Med. 2016;375(22):2154-2164.
  3. Instituto Nacional de Câncer. Câncer de ovário. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-deovario. Acesso em 05 de fevereiro de 2021.
  4. IVOC (Instituto Vencer o Câncer). 75% dos diagnósticos de câncer de ovário chegam tardiamente. Disponível em: https://vencerocancer.org.br/noticias-ovario/75-dos-diagnosticos-de-cancer-de-ovario-chegam-tardiamente/?catsel=tipos-de-cancer#:~:text=Silencioso%2C%20com%20poucos%20sintomas%20e,se%20espalhou%20para%20outros%20%C3%B3rg%C3%A3os.
  5. Diário Oficial da União. Disponível em DOU, Brasília DF. 08 de março de 2021. Seção 1 Pg. 129.
  6. O BRCA (Breast Cancer gene 1 ou 2. BRCA1 e BRCA2) são dois genes diferentes que afetam as chances de uma mulher desenvolver câncer de mama e ovário.
  7. Instituto Nacional do Câncer. Números de câncer. Disponível em: https://www.inca.gov.br/numeros-de-cancer. Acesso em agosto de 2021.

 

Fonte: Comunicação GSK

Back To Top