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Agosto Branco alerta para doença silenciosa: o câncer de pulmão

Instituído há cinco anos, o Agosto Branco visa despertar nossa consciência em relação ao mais inconsciente e vital dos nossos atos: respirar. A campanha coloca em foco o câncer de pulmão, uma doença silenciosa e que pode ser fatal.

Desde 1985 ele é o primeiro câncer em mortalidade do mundo. No Brasil, desponta como o segundo mais comum em homens e mulheres, como explica a oncologista clínica Aknar Calabrich.

‘O principal fator de risco é o tabagismo. 85% dos casos de câncer de pulmão são relacionados ao cigarro, ao fumo direto do tabaco. Há outros 15% dos pacientes que nunca fumaram. E aí existem vários fatores de risco que podem estar associados ao câncer de pulmão no que a gente chama de população não tabagista, que são fatores genéticos; poluição ambiental; exposição a determinados gases e metais pesados, principalmente no trabalho, como sílica; e os fumantes passivos, que são aqueles que convivem com pessoas fumantes no mesmo domicílio ou no ambiente de trabalho’.

A especialista ressalta também a nova moda no país: os cigarros eletrônicos. Também conhecidos como vaporizadores, eles possuem capacidade de desenvolver dependência da nicotina ainda maior que o cigarro comum, além de causar, em curto prazo, danos respiratórios e cardiovasculares.

‘Há uma tendência de diminuição do tabagismo mundialmente, mas na contramão está chegando o cigarro eletrônico. Nele existem substâncias que não só causam dependência, como a nicotina, mas também a combustão de outras substâncias que a gente não conhece, porque não são produtos regularizados. Existe a queima de produtos que a longo prazo tem dado não só problemas respiratórios, de queimaduras no pulmão, doenças com pneumonia lipoídica, mas existe, sim, a suspeita do risco de desenvolvimento de câncer de pulmão’.

O câncer de pulmão é normalmente diagnosticado em estágios avançados, já que os sintomas iniciais da doença não são muito claros. Diante desse cenário, a oncologista alerta que a detecção precoce é um ponto-chave para ampliar as chances de um tratamento efetivo, como também alteração nos hábitos de vida.

‘A principal prevenção é parar de fumar. Isso reduz não só o câncer de pulmão, mas o câncer de bexiga, câncer de boca, câncer de pâncreas e outros tipos de câncer. E existem alterações de hábitos de vida que reduzem o risco de câncer de uma forma geral, que são a prática de atividades físicas, o sono regular, o controle de peso, priorizar frutas e verduras’.

 

Fonte: Agência Brasil 

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