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Semana de Pesquisa Clínica debate acesso, visão de pacientes e da sociedade e impacto da Covid-19

Durante os quatro dias de encontros on-line da Semana de Pesquisa Clínica, especialistas, autoridades e pacientes discutiram os vários aspectos relacionados ao tema. O evento foi promovido pelo Sindusfarma e parceiros, em comemoração ao Dia Internacional da Pesquisa Clínica.
Na segunda (18), primeiro dia do encontro, o tema debatido foi “A importância da Pesquisa Clínica na visão dos pacientes”. Participaram do painel: Fábio Franke, presidente da Aliança Pesquisa Clínica; Luis Henrique Cognin Dario, paciente; Ita Monteiro, paciente; e Nilva Bortoleto, farmacêutica bioquímica e diretora da Inovatie.
O painel discutiu o impacto positivo na expectativa e na qualidade de vida dos pacientes que participam de estudos clínicos. Durante o painel, os participantes detalharam as suas experiências com a pesquisa clínica, como o pesquisador que possui mais de 100 protocolos de estudos, e a paciente que foi diagnosticada, aos 15 anos, com uma doença grave, com prognóstico de pouco tempo de vida, mas que teve um aumento de expectativa de vida por participar de um estudo clínico.

Qualidade de vida

Na terça (19), o painel “O que a sociedade precisa saber sobre Pesquisa Clínica?”, contou com a participação de Camille Rodrigues Silva, médica pneumologista e sócia diretora da Inovatie Serviços em Saúde; Felipe Ades, médico oncologista responsável pelas unidades de câncer de mama e melanoma do Hospital Oswaldo Cruz e movimentador social; Joyce Macedo, doutoranda pela Unicamp e investigadora clínica na CRO/Centro de Pesquisa Azidus Brasil; Lenio Alvarenga, diretor de Acesso e Médico na Roche; e Clóvis Nery, da Sanofi – Representante do Grupo Técnico de Pesquisa Clínica do Sindusfarma.
Foram apresentados no painel os benefícios que as pesquisas clínicas proporcionam para os pacientes e ao Sistema Único de Saúde (SUS), entre os quais se destacam a não oneração do sistema público de saúde e o desenvolvimento de medicamentos que diminuem a incidência de determinadas enfermidades, contribuindo para o aumento da qualidade de vida da população.
A importância da integridade dos dados também foi debatida no segundo dia. Os participantes ressaltaram a importância da adoção de procedimentos que assegurem a correta documentação da pesquisa, já que essas informações subsidiarão o compartilhamento dos resultados e balizarão as tomadas de decisão.

Incentivo às pesquisas

No terceiro dia do encontro (quarta, 20), o tema do painel foi “Como podemos aumentar o acesso dos pacientes à Pesquisa Clínica – Onde estamos e aonde queremos chegar?”, com a participação de Claudiosvam Martins, coordenador de Pesquisa Clínica em Medicamentos e Produtos Biológicos (Copec/Anvisa); Eduardo Motti, consultor e médico com mais de 30 anos de experiência em pesquisa clínica; Francisco Sanches, líder do GT de pesquisa clínica do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer e diretor da Associação Brasileira das Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro); Jose Humberto Fregnani, médico com mestrado e doutorado em Oncologia e representante da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep); e Rosana Mastellaro, diretora Técnico-Regulatória e de Inovação do Sindusfarma.
O painel debateu a implementação de ações que estimulem a realização de pesquisas clínicas no país. como o desenvolvimento de novos protocolos internos, a descentralização dos centros de pesquisas e a integração das análises ética e regulatória com o objetivo de conferir mais celeridade os processos de aprovação de novos estudos.
Nesse sentido, foi citado como exemplo positivo os procedimentos adotados pelo sistema CEP-CONEP durante a pandemia de novo coronavirus, que conferiram rapidez ao processo envolvendo as pesquisas clínicas nas últimas semanas.
De acordo com Francisco Santos, “os estudos clínicos nacionais, combinados com a aprendizagem adquirida nas pesquisas internacionais, contribuem para o desenvolvimento tecnológico e científico do Brasil”. Nesse sentido, destacou-se a importância da utilização das novas plataformas de comunicação na fomentação de novos estudos clínicos, sendo ferramentas facilitadoras ao acesso e difusão dos resultados obtidos nas pesquisas clínicas.

Novo normal

“Pesquisa Clínica pós-Covid-19: “O novo normal” encerrou a série de videoconferências na quinta-feira (21). Participaram do painel Claudiosvam Martins, coordenador de Pesquisa Clínica em Medicamentos e Produtos Biológicos (Copec/Anvisa); Fábio Franke, presidente da Aliança Pesquisa Clínica; Luis Augusto Tavares Russo, diretor do IBPClin (Instituto Brasil de Pesquisa Clínica); e Francisco Sanches, líder do GT de pesquisa clínica do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer e diretor da Associação Brasileira das Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (Abracro).
O painel debateu o momento disruptivo das Pesquisas Clínicas, decorrente dos impactos da pandemia de novo coronavírus. De acordo com os participantes, a introdução de plataformas digitais foi acelerada, para a realização de diversas atividades relacionadas aos estudos clínicos, como telemedicina, monitorias, assinaturas de contratos e termos de consentimento, entre outras.
Outro destaque do último encontro foram as ações da Anvisa para assegurar a realização das Pesquisas Clinicas durante a pandemia; entre elas, a criação de um comitê para avaliar e adotar medidas que agilizem a análise de questões relacionadas à Covid-19, composto por técnicos das áreas de Registro, Insumos, Biológicos e Pesquisa Clínica.1  

 

Notícia atualizada em 10/06/2020
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