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Imagem De Uma Ilustração De Um Notebook Com Várias Pessoas Na Tela Em Representação à Uma Reunião Online

Movimento TJCC realiza reunião em comemoração adiantada ao Dia Nacional de Combate ao Câncer

Membros debatem ações de Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer no Brasil

Em comemoração adiantada ao Dia Nacional de Combate ao Câncer, realizamos no dia 25 de novembro de 2020, a Reunião Conjunta do Conselho Estratégico e dos Grupos de Trabalho do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer. A pauta central foi a Promoção da Saúde e Prevenção do Câncer no Brasil e formas de implementá-las. 

A visão do Ministério da Saúde sobre o câncer

Dr. Antonio Rodrigues Braga Neto, Diretor do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde, representou o órgão nesta reunião. O médico apresentou a  visão da gestão pública sobre o câncer. Em sua explanação, falou sobre a importância do trabalho conjunto entre a Secretaria de Atenção Primária à Saúde e a Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, de forma a integrar o cuidado oncológico, desde a promoção e prevenção à doença, até o tratamento. 

A respeito da pandemia do COVID-19, pontuou que trata-se do maior desafio médico-sanitário dos últimos 100 anos, o qual ceifou a vida de inúmeros indivíduos e trouxe adversidades à saúde pública. Em decorrência, nota-se um represamento nos diagnósticos de neoplasias. Apontou que as altas taxas de letalidade do câncer de colo de útero no Brasil, demandam estratégias mais incidentes em medidas preventivas. “Mulheres e homens com câncer têm pressa, sobretudo àqueles que dependem do Sistema único de Saúde (SUS)” 

O Dr. Antonio agradeceu a oportunidade de representar o Ministério da Saúde na reunião e se colocou à disposição, a partir de uma escuta ativa. Finalizou dizendo que cabe ao Ministério da Saúde a formulação de políticas públicas para a atenção oncológica. 

A nutrição e a prevenção aos fatores de risco do câncer também foram pautas do encontro

A nutricionista Maria Eduarda Melo, Chefe da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do Instituto Nacional do Câncer (INCA), apresentou a importância da prevenção dos fatores de risco do câncer, conforme a publicação Dieta, Nutrição, Atividade Física e Câncer.

Salientou que o câncer é um problema nacional, tendo em vista que é a 2ª causa de morte no Brasil, gerando assim, alto impacto socioeconômico. Desta forma,  julgou imprescindível falar sobre a prevenção da doença. Apresenta que os gastos diretos federais do SUS com o tratamento oncológico, em 2018, foram de R $3.524.964.084. No entanto, com o fomento da promoção à saúde,  através da boa alimentação, diminuição do consumo de bebidas alcoólicas, prática de atividades físicas, aleitamento materno e controle do peso corporal, tais gastos poderiam diminuir em aproximadamente 15%. 

A nutricionista afirmou que as pesquisas internacionais mostraram que a população não correlaciona os maus hábitos alimentares, inatividade física e sobrepeso às neoplasias, tornando o cenário desafiador. Os indivíduos, em sua maioria, correlacionam apenas o tabagismo ao câncer. 

“É preciso falar sobre  prevenção do câncer. Promover o reconhecimento social de que é prevenível pela alimentação, nutrição e alimentação saudável. Para isso, são necessárias políticas e ações que reduzam a exposição da população a estes fatores”, disse Maria Eduarda.

Em sua explanação, contou que desde 2007, o World Cancer Research Fund (WCRF/ AICR) chancela o INCA quanto a tradução e adaptação de seus relatórios. O trabalho é realizado a partir da adaptação ao cenário epidemiológico brasileiro e às terminologias adotadas pelo Ministério da Saúde. Comentou que comunicar os riscos para o câncer, de forma a aproximar o público-alvo é um grande desafio, além de haver inúmeras barreiras para a adesão às recomendações. Para isso, foram definidos 11 setores nos quais o governo precisa trabalhar. 

Por fim, lançou o questionamento: Aderir às recomendações impacta na incidência e mortalidade por câncer? A resposta é que haveria uma diminuição de 12% na incidência de câncer a cada incremento no score. E uma baixa de 9% na mortalidade por câncer  a cada incremento no escore.  

As políticas públicas para promover alimentação saudável são urgentes

A nutricionista Ana Carolina Feldenheimer, do Departamento de Nutrição Social da UERJ, trouxe a relação da promoção da alimentação adequada e saudável, através de políticas públicas e medidas regulatórias que fomentem a promoção à saúde. 

A esse respeito, enfatizou a importância de ações no âmbito individual, como por exemplo o aconselhamento nas unidades de saúde; educação em saúde em escolas, em locais de trabalho, centros de convivência; educação alimentar e nutricional; campanhas de mídia. 

Segundo Ana Carolina, “a promoção da alimentação adequada e saudável deve atuar em uma tríade: incentivo, apoio e proteção. As questões individuais não são secundárias, porém não bastam para melhorar os problemas da saúde pública. É fundamental uma estrutura que viabilize a aplicabilidade das recomendações, a partir da capacitação dos profissionais de saúde, destinação de recursos financeiros para a realização das ações, as quais devem estar na agenda das três esferas de trabalho (federal, estadual, municipal). Nosso foco devem ser ações de impacto coletivo”.

Para encerrar a reunião, Nilva Bortoleto e os líderes de cada grupo de trabalho do #MovimentoTJCC, apresentaram os avanços e os desafios da atuação do Todos Juntos Contra o Câncer em 2020. 

 

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