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ACBG Brasil promove 6ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço no Julho Verde

Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço alerta para a necessidade do autocuidado e do diagnóstico precoce

A Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil) promove a 6ª edição da Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço, com o slogan “Autocuidado é SobreViver”. A entidade quer conscientizar a população sobre a importância do autocuidado e atenção aos primeiros sinais e sintomas da doença (diagnóstico precoce), ampliando as taxas de cura, com menos sequelas. A campanha ocorre de 1º a 31 de julho, sendo 27 de julho o Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço.

Após cinco anos de luta, em abril de 2021 foi sancionada a lei 14.328, que instituiu o Julho Verde, ou seja, o mês nacional do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço. “Com a sanção da lei, entidades e organizações da sociedade civil poderão realizar inúmeras ações, com objetivo de informar e conscientizar toda a sociedade. A inclusão da campanha no calendário nacional também contribui para que os pacientes tenham acesso a um tratamento integral, sendo reabilitados e incluídos com plena noção dos seus direitos”, destaca a fundadora e presidente voluntária da ACBG Brasil, Melissa Ribeiro.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres de cabeça e pescoço ocupam o terceiro lugar no ranking, com 7% dos 700 mil novos casos por ano no mundo. Anualmente, o INCA registra cerca de 40 mil novos casos de cânceres de cabeça e pescoço, denominação genérica de tumores que se originam em regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e seios paranasais.

“Até 2022, 45 mil pessoas no país poderão perder parte de suas faces por causa do câncer na cavidade oral. Em média, 22.950 brasileiros correm o risco de perder a voz em consequência de um câncer de laringe. Precisamos agir”, alerta Melissa Ribeiro. Neste contexto, destaca-se o diagnóstico tardio: a cada quatro novos casos, três chegam com a doença em estágio avançado, resultando no óbito de cerca de 50% desta população.

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, o médico cirurgião Rafael Nunes Goulart destaca a importância do diagnóstico precoce para obtenção de sucesso no tratamento e na reabilitação. “Quanto mais cedo é o diagnóstico, menor é a lesão e a agressividade do tratamento. O ideal também é combater os fatores de risco”, acrescenta.

Mesmo após o tratamento, que pode ser realizado com cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou imunoterapia, o câncer de cabeça e pescoço pode causar sequelas irreversíveis, mexendo com a estética facial, com a deglutição e alimentação, com a fala e a voz. “Os pacientes enfrentam desafios como deformação da face e do pescoço, diminuição do paladar e olfato, perdas funcionais como fala, respiração, mastigação, deglutição, audição e visão, que afetam sua qualidade de vida”, informa Melissa Ribeiro.

Existe ainda a dificuldade de reinserção social e de reabilitação dos pacientes, causada pela falta de informação e de políticas públicas. Além do diagnóstico precoce, a fonoaudióloga Lauanda Barbosa também destaca a importância da consulta com especialista no período pré-operatório. “Os pacientes que buscam superar o câncer de cabeça e pescoço geralmente apresentam problemas de fala e deglutição e o profissional de fonoaudiologia pode fornecer orientações importantes e uma acolhida ainda antes da cirurgia”, ressalta Barbosa

A ACBG Brasil trabalha para que a Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço alcance em 2022 todos os estados do Brasil, abordando tanto a prevenção, quanto o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação.

Créditos: ACBG Brasil

Os principais fatores de risco para estes tumores são:

  • Consumo de tabaco (todos os tipos de cigarros, charutos e cachimbos) e álcool;
  • Má higiene bucal;
  • Infecção viral pelo vírus do papiloma humano (HPV), transmitido principalmente através de relações sexuais desprotegidas (inclusive sexo oral);
  • Consumo de bebidas quentes, principalmente as tradicionalmente servidas em temperaturas muito altas, como o chimarrão/mate;
  • Exposição excessiva ao sol (câncer de lábios, couro cabeludo);
  • Exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno, produtos radioativos;
  • Infecção pelo vírus de Epstein-Barr (EBV), que pode causar a mononucleose infecciosa, uma manifestação do vírus transmitida por contato com outras salivas.

Procure um médico ou dentista, caso sejam identificados um ou mais dos principais sintomas e sinais que durem por duas semanas ou mais:

  • Feridas na boca que não cicatrizam;
  • Mudança na voz ou rouquidão por mais de duas semanas;
  • Manchas vermelhas ou esbranquiçadas na região bucal;
  • Dificuldade para mastigar ou engolir;
  • Irritação ou dor na garganta;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Mau hálito frequente;
  • Ferida no rosto que não cicatriza;
  • Dentes moles ou dor em torno deles.

 

 

Fonte: ACBG Brasil

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