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Imagem De Um Homem Com A Mão No Queixo Com Uma Expressão Facial De Questionamento

Novembro azul: qual o impacto dos estereótipos no autocuidado do homem?

O mês de novembro é conhecido por fomentar as ações de cuidado à saúde masculina e destacar a prevenção ao câncer de próstata, segunda principal causa de morte por câncer entre os homens.

Contudo, ainda existem tabus que afetam os homens que, culturalmente, apresentam resistência no cuidado em saúde. Como exemplo, o hábito das mulheres em agendar consultas médicas para o cuidado à saúde íntima não é frequente entre os homens.

No dia a dia são comuns comportamentos que fortalecem crenças como o homem não chora, associando o masculino ao uso da força, as mínimas expressões de emoção e a busca incessante pelo poder. Tais comportamentos são frutos do que é conhecido como masculinidade tóxica.

Ocorre que a cobrança pelo exercício de uma masculinidade carregada por estereótipos impacta negativamente o cotidiano tanto de homens quanto de mulheres, por se tratar de um comportamento que limita decisões sobre o autocuidado. Dessa forma, o cuidar em saúde é um dos principais impactos da masculinidade tóxica.

Os impactos da masculinidade tóxica

Ainda é comum escutarmos frases que perpetuam tais comportamentos, como a crença popular de que “homem é assim mesmo”. Apesar disso, a exibição exagerada dos traços da masculinidade tóxica pode levar a desequilíbrios prejudiciais aos homens que tentam corresponder essas expectativas, como:

A Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) destacou a influência da masculinidade tóxica na expectativa de vida dos homens nas Américas.

Embora o nascimento de meninos seja ligeiramente maior do que o nascimento de meninas, o número começa a inverter entre 30 e 40 anos em virtude da mortalidade de homens jovens ser superior ao de mulheres.

Algumas das causas de óbito estão diretamente ligadas à masculinidade tóxica, como óbitos por vícios e acidentes de trânsito, doenças crônicas não transmissíveis, homicídios e suicídios.

E aí, o que fazer?

O acesso aos serviços de saúde tem se mostrado fundamental para a desconstrução dos aspectos da masculinidade tóxica. Por meio da criação de espaços para debate e reflexão sobre a saúde mental do homem, os serviços de saúde fortalecem os programas de prevenção de agravos e de promoção do bem-estar voltados à população masculina.

Os impactos da masculinidade tóxica afetam não somente o homem, mas também as pessoas que estão ao seu redor. Dessa forma, o reconhecimento dos comportamentos relacionados a essa questão é o primeiro passo para romper com padrões. O homem que escolhe cuidar da sua saúde mental muda a relação consigo mesmo e logo, com todo o ambiente que o cerca.

 

Fonte: G1.Globo 

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