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Especialistas e ativistas discutem estratégias para defender os direitos dos pacientes com câncer

Debate reforçou a importância do trabalho em rede e da participação ativa de todos para continuar a luta por melhores condições de tratamento e na defesa dos direitos de quem tem câncer

O painel “Poder da Ação: trabalho em rede para a defesa de direitos”, que aconteceu no 6º Fórum Norte e Nordeste, contou com diversos especialistas e ativistas, que discutiram as barreiras no acesso ao tratamento oncológico e os caminhos para defender melhores cuidados aos pacientes com câncer de forma coletiva.
Luana Lima, Gerente de Políticas Públicas e Advocacy da Abrale e do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer, destacou a importância da ação conjunta. “Esse painel é um convite para a ação, ação entre nós, com o executivo, com o legislativo. E que, após esse fórum, a gente continue o trabalho em rede para conquistar melhorias.”

Fred Gomes, Gerente de Relações Institucionais do GACC/SE, compartilhou experiências pessoais e ressaltou a necessidade de lutar pelos pacientes.
“Eu jamais imaginei que existiam vaidades no trabalho de instituições e, infelizmente, acontece muito, mas estamos quebrando esse tabu e essas barreiras. Alguém tem que lutar por essas crianças, alguém tem que fazer algo por essas crianças e essas famílias e o GACC é uma instituição que olha muito para o lado humano e luta pelos pacientes.”

Vanessa Melo, paciente de LMC e voluntária do Comitê de Pacientes Abrale, contou como foi sua jornada até se tornar uma paciente ativista e como tem lutado pelos pacientes.
“Quando eu cheguei, eu era uma paciente com sintomas e que precisava de cuidados muito rápidos. Eu não tinha tudo perfeito, mas eu tinha grandes profissionais que me colocaram dentro do sistema e me internaram por três dias. […] Para o paciente oncológico que descobriu hoje que vai enfrentar isso: confie no seu médico, tome fôlego e busque outros pacientes que estão enfrentando a mesma coisa que você e também as associações de pacientes.”

Robson Barros, advogado militante de Direitos Humanos, enfatizou a importância da militância na defesa dos direitos dos pacientes.
“Saiam do lugar do conforto, quando se fala em direitos humanos, se fala em saúde de qualidade e saúde é um direito à vida, é um direito humano. Ninguém está pedindo favor ao pedir um atendimento digno, é uma obrigação. Com a sociedade civil organizada, todos os serviços fundamentais seriam oferecidos.”

Izadora Gama Brito, Secretária Substituta da Secretária Nacional de Diálogos Sociais e de Articulação de Políticas Públicas da Presidência da República, reforçou a eficácia das políticas públicas construídas a partir da participação popular.
“As pessoas querem falar sobre a política pública desde a sua construção, e já foi comprovado que as políticas que contam com a construção popular, são mais eficazes.”

Ígor Miranda da Silva, Procurador da República titular de ofício de cidadania e direitos humanos em Sergipe, destacou a importância do diálogo com a sociedade civil.
“Hoje em dia, o ministério público, cada vez mais, tira o paletó, porque se ele for ficar na sede, as demandas eventualmente irão chegar, mas elas estarão ultrapassadas. Esse trabalho demanda diálogo com a sociedade civil, cada vez mais é importante que o ministério público tenha contato com sociedade civil e organizações de pacientes. Porque é a partir desse diálogo que a gente consegue estabelecer estratégias de ações.”

Fonte: Comunicação TJCC.

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